segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Empresa que venceu --mas ainda não levou-- a primeira fase do pregão eletrônico para fornecimento de laptops populares do MEC (Ministério da Educação), a Positivo Informática afirmou nesta quarta-feira (16) que a fabricação de um computador portátil por US$ 100 "não é realidade".

O pregão, que começou no dia 18 de dezembro do ano passado, foi suspenso porque o menor valor oferecido, apresentado pela Positivo, foi "muito superior ao orçado".

Em comunicado, a empresa afirmou que, "infelizmente, existem vários fatores que hoje inviabilizam a concepção de um produto de qualidade e que atenda às necessidades mínimas dos estudantes por esse valor [US$ 100]. E pior, estabeleceu-se esse preço como verdade absoluta, quando nem mesmo o seu idealizador consegue realizar o que prometeu".


A crítica se refere ao laptop XO, desenvolvido pela ONG OLPC (Um Laptop por Criança, na sigla em inglês), que se tornou referência ao afirmar que poderia vender laptops a US$ 100 (R$ 177). Mas, depois, reconheceu que o produto deve beirar mesmo os US$ 200 (R$ 354). A OLPC também participou do pregão do MEC.

Pregão

A Positivo se ofereceu para receber R$ 98,180 milhões pelos 150 mil computadores educacionais que compõem o projeto UCA (Um Computador por Aluno). Com isso, o preço por unidade sairia R$ 654 (cerca de US$ 360), valor bastante acima do que o governo federal estava esperando.

Desde então, o governo federal está tentando reduzir o preço apresentado e mantém o leilão suspenso. A assessoria de imprensa do MEC informou que o ministério não vai se pronunciar sobre o assunto enquanto o leilão estiver em andamento.


O governo também não informa porque o pregão está suspenso ou quando deve ser retomado. De acordo com a assessoria, isso pode ocorrer "a qualquer momento".

"Estamos aguardando chamado do governo para sentar e acertar essa negociação", disse César Aymoré, diretor de marketing da Positivo Informática, à Folha Online. Segundo ele, a empresa está determinada a "ter esse projeto com a marca Positivo" e que pode, inclusive, reduzir o preço dos aparelhos.

"Nós entendemos que o parceiro que estiver com o governo nesse projeto piloto vai ter uma vantagem competitiva nos próximos lotes que eventualmente forem pedidos", afirma o executivo. Ele não disse, entretanto, de quanto seria essa redução.

Ao menos oito empresas participaram do pregão. Finalizada a compra, os laptops serão enviados a 228 cidades e utilizados por todos os alunos e professores dos ensinos fundamental e médio de ao menos uma escola.

Uruguai

No comunicado, a Positivo também justificou o fato de ter apresentado, em outubro, um lance de US$ 245 (cerca de R$ 435) por computador em um leilão semelhante no Uruguai.

Segundo a empresa, no Uruguai os computadores seriam entregues em apenas um local, enquanto no Brasil os produtos seriam distribuídos, instalados e configurados nas 300 escolas que compõem o programa.

Outro fator seria a garantia de 3 anos exigida pelo governo brasileiro. No Uruguai esse período foi de 90 dias, para reposição de peças.

A empresa também alega que o governo uruguaio se comprometeu a fazer o pagamento de forma antecipada e isenta de todos os impostos. No Brasil, a quantia seria paga após a instalação e configuração dos computadores, o que poderia durar cerca de 115 dias.

Com isso, a Positivo calcula que o laptop, no Brasil, sairia R$ 206,62 mais caro do que no país vizinho.

Apesar de o edital uruguaio ter permitido um preço menor, o executivo da Positivo afirma que as normas brasileiras foram "mais inteligentes".

"O governo brasileiro não olhou o equipamento por si só, mas sim o projeto como um todo", afirma ele. Para Aymoré, foi positivo o fato de o MEC ter exigido, por exemplo, um prazo de garantia maior. Isso porque os computadores serão manuseados por crianças de 7 a 10 anos, o que deve exigir mais manutenção.

Líder nacional na venda de computadores, a Positivo também tem a segunda maior fatia do mercado na América Latina (6,8%, atrás da HP, que tem fatia no mercado de 15,2%), apesar de vender apenas no Brasil. Os dados são do instituto Gartner, referência mundial no mercado de tecnologia.


Folha Online

2 Comments:

  1. Anônimo said...
    [url=http://www.altmedschool.com/]alternative medicine degrees[/url]
    [url=http://altmedschool.com/]alternative medicine courses[/url]
    [url=http://www.altmededu.com/]alternative medicine distance education[/url]
    [url=http://www.altmededu.com/]alternative medicine degrees online[/url]
    Anônimo said...
    [url=http://www.altmededu.com/]alternative medicine masters[/url]
    [url=http://www.altmedschool.com/]institute of alternative medicine Kolkata[/url]
    [url=http://www.altmededu.com/]alternative medicine diploma[/url]
    [url=http://altmededu.com/]alternative medicine institute India[/url]

Post a Comment